A história registra que as escavações mais profundas para captação de água subterrânea foram iniciadas pelos
chineses a cerca de 7.000 anos. Essencialmente, a água não mudou; mas, de lá pra cá, a humanidade evoluiu
em relação à consciência sobre o consumo, ao saneamento e à tecnologia de obtenção e manutenção desse
recurso natural.
É sabido que o uso das águas subterrâneas é uma das formas mais econômicas para o fornecimento a
empresas e comunidades, especialmente às que sofrem com infraestrutura ou distribuição precárias, no Brasil
e no mundo. Ter uma fonte própria, desvinculando-se total ou parcialmente da companhia de abastecimento
de água muda completamente a realidade de quem recebe esse benefício. Principalmente se levarmos em
conta o baixo custo da captação da água, durante a vida útil do poço artesiano, que chega a quatro décadas, e
o fato de a água obtida ser de ótima qualidade, cristalinas e livres de contaminação, na grande maioria dos
casos, devido à profundidade.
Os poços artesianos captam água dos aquíferos. Essa é a “água jorrante”, por causa da pressão do reservatório
natural no subsolo que faz com que ela saia naturalmente com uma vazão até mil vezes maior que a comum.
Não depende de bombeamento para ser retirada, diferentemente dos poços semiartesianos, que têm
profundidade e pressão de confinamento menores e precisam de equipamento para captação da água. De
qualquer forma, os dois tipos de poços precisam de cuidado.